OLAAA!
Primeiramente, eu queria me desculpar pois não estou seguindo meu plano. Vou explicar… meu computador tá pifando 😦 ele trava o tempo todo, tá muito difícil usar, e o rapaz que confio pra arrumar tá fora da cidade, então to esperando ele voltar. Tem dia que não consigo usar nada do note, porque só trava e trava e fico só reiniciando. Assim, tá bem difícil escrever e montar os posts. Mas não tem problema! vou postar sempre que der pelo computador do meu namorado ou o da minha mãe, e eu intercalo os posts do Projeto 1 por dia com esses diários de viagem 🙂
Bem, hoje vou falar um pouco da viagem que fizemos para Santiago de Compostela. Foram dois dias, um subindo até lá e outro descendo de volta pra Porto!
Vou falar seguindo a ordem das cidades por onde passamos!
1ª parada: Viana do Castelo!
Viana do Castelo é uma cidadezinha que fica na região do Minho, em Portugal. Essa é uma região que tem muita coisa típica própria de lá, além de ter muita influência da Galícia e muitas vezes as pessoas falaram Galego lá também, não só português.
Desde o século XIII a cidade é um importante entreposto comercial, com um porto bastante movimentado. Hoje é considerada uma cidade pequena, de interior, mas é bem gostosinha.
Viana do Castelo teve vários nomes, mas praticamente todos tinham Viana – Viana da foz do Lima, Viana do Minho, Viana. Conta uma lenda que havia um barqueiro que se apaixonou por uma moça chamada Ana; ele passava todos os seus dias falando de Ana “vi a Ana! Vi a Ana do Castelo!” ou perguntando por ela “viu a Ana?” “sim, vi a Ana”. Dessa forma, acabou-se, com o tempo, sendo conhecida pela expressão “Viaana” e, então, “Viana”.
Minha experiência…
Por lá apenas passamos, e não gastamos muito tempo. No centro histórico estava tendo uma feirinha e eles tem um símbolo que chama “Coração de Viana”.
Ele é lindo e, tradicionalmente, feito de filigranas de ouro (trabalho com fios bem fininhos e bolinhas de metal). Mas hoje em dia fazem artesanato com essa imagem do coração em vários materiais, e tem coisas muito bonitas!
Segundo as histórias que eu ouvi, o coração vem das celebrações do Sagrado Coração de Jesus, quando chegaram à região no século XVIII. Mas eu realmente não achei nenhum lugar ou pessoa que me contasse isso de forma confiável ahhaha
Bem, em Viana do Castelo também tem o Santuário de Santa Luzia, que fica lá em cima numa montanha e tem uma visão privilegiada da cidade! Não é antigo, sendo da primeira metade do século XX, mas a arquitetura é bem diferente e lembra um pouco a gótica. Segundo a Wikipédia, ela reúne traços de três estilos: neo-românico, neo-gótico e bizantino, formas revivalistas típicas do período em que começou a ser planejada e construída: a virada do século XIX para o XX.
Essa região é também a região do Vinho Verde ❤ ❤ o único vinho que eu realmente gosto além do Mioranza hahahah É gostoso, mais suave que um vinho normal, é considerado branco por causa da cor, e tem umas bolhinhas tipo espumante! Vale muito a pena experimentar!
2ª parada: Ponte de Lima!
É uma cidadezinha bem pequena, na beira do rio Lima. O nome do local vem do nome do rio combinado com uma ponte maciça que existe desde pelo menos a época medieval. Foi por muito tempo considerada a unica passagem segura sobre este rio.
Dizem que a cidade foi criada por D. Tereza de Leão em 1125 e tem até uma estátua dela na cidade, com os dizeres que instauram a vila, em nome de seu filho. Assim, é a vila mais antiga de Portugal.
A minha experiência…
A ponte é linda, e imaginar que pessoas passam sobre ela desde o século XII, pelo menos, é muito louco.
Tava muito MUITO quente no dia e por isso não tava agradável ficar andando muito pela cidade. Mesmo assim, adoramos o que vimos.
3ª parada: Pontevedra!
É uma cidade da região da Galícia (ou Galiza), na Espanha. Foi dominada pelos romanos e era um centro onde se cruzavam diversos caminhos, e onde tinha uma das pontes para atravessar o rio Lérez. Viveu do comércio e, em alguns momentos da história, do monopólio da produção de alguns produtos, mas só no século XIX que se tornou capital de distrito e um centro administrativo.
Minha experiência…
Essa cidade também passamos num momento de muito calor e em que tudo estava fechado! sério, queríamos comer, e nada estava aberto, foi um transtorno. Aquele papo de que na Espanha as coisas fecham para a siesta, sabe? verdade nessa cidade!
Tirando isso, ela tem um centrinho bonitinho, várias igrejas e prédios antigos. porque meu computador tá todo cagado, eu peguei fotos da internet.
Convento de S. Francisco
Ruínas de S. Domingos
Bem, não tenho muito mais pra falar dela. Seguimos viagem para Santiago…
4ª parada: Santiago de Compostela
Santiago é também um município da Galícia, e é conhecido por causa de sua catedral e do Caminho de Santiago, que falarei já, já.
Antes de se tornar uma grande cidade, com toda a importância religiosa e de peregrinação que carrega hoje, foi um povoado romano e, depois, com o fim do Império Romano, foi conquistada pelos suevos – grupo bárbaro germânico, com origem no Reno, que se instalou na região do norte de Portugal e da Galícia.
O túmulo de Santiago, o caminho e as peregrinações…
Eu ouvi uma história e li outra sobre porque há esse apego com Santiago na região.
A primeira que eu ouvi foi que em uma viagem, um homem religioso (não dizia se era apenas católico ou se fazia parte da estrutura da Igreja) estava cansado e teve que deixar para trás algumas coisas que carregava. Ele escondeu essas coisas para poder voltar e buscar depois. Quando voltou, não encontrava, até que viu algo brilhando e, quando foi atrás, era a imagem de São Tiago lhe mostrando o local correto onde estavam escondidas as coisas dele. Com isso, criou-se ali um altar/local de adoração, e passou-se a peregrinar para lá, seguindo os passos em busca de um milagre e de expiações.
A segunda diz que o apóstolo Tiago, junto com os seus discípulos, viajou até a península ibérica pregando a palavra de Cristo. No século IX um eremita e um bispo encontraram, em uma clareira, um sepulcro de pedra e, ali, três ossadas. O bispo identificou uma delas como sendo a de Tiago e as outras duas de seus discípulos.
O então rei das Astúrias foi, assim, para o local e mandou ali construir uma igreja e formar uma povoação, além de dar privilégios régios àquela comunidade. Com isso, ele é considerado o primeiro peregrino de Santiago e também cria, em torno da imagem do apóstolo, uma tradição muito forte.
Por toda a região do noroeste da península ibérica é possível ver relatos de aparição de São Tiago, principalmente para auxiliar os devotos em guerras: na expulsão dos mouros da península, nas batalhas contra os árabes na ocupação portuguesa do Marrocos no século XV e XVI, e até na cidade de Macapá, no Amapá, aqui no Brasil, a festa a São Tiago é típica e vem do período colonial, ainda.
Bem, por causa dos achados de São Tiago, o apóstolo (ou São Tiago Maior), a cidade se tornou ponto de peregrinação de pessoas de vários pontos da Europa. É daí que vem a ideia do “caminho de Santiago”. Esse caminho, na realidade, é um conjunto de caminhos, e não há a definição de um que seja o verdadeiro ou principal. Algumas pessoas falam do Caminho que vem da França, principalmente por causa da ideia de que foi o caminho que o próprio São Tiago percorreu na sua viagem, outros consideram o caminho português o verdadeiro, pois foi o rei das Astúrias, que dominava a região, que foi o primeiro peregrino e, assim, o caminho que ele percorreu deve ser o principal.
Importa dizer que, ademais seu valor religioso, hoje em dia o caminho é percorrido por muitas pessoas por questões espirituais e culturais – eu mesmo conheço muitas pessoas que fizeram o caminho e não são católicas, ou são mas não são praticantes.
Minha experiência…
Bem, primeiro que Santiago é uma cidade muito turística, porque se somam os turistas normais, como nós, com os peregrinos, que são MUITOS. Voce os reconhece pois 1. eles estão vestidos com roupa de caminhada, mochilonas e umas estacas ou cajados na mão (do tipo que as estátuas e pessoas da foto abaixo estão segurando rsrs); 2. porque tão tudo com cara de cansado; 3. eles vão direto para a praça onde fica a catedral, e sentam de frente pra ela, é bonito de ver como as pessoas se sentem aliviadas e recompensadas pelo trabalho duro, e olha que é duro MESMO, ave.
Bem, a catedral é linda, é de tirar o fôlego! e a praça onde ela fica também. MAS estava em reforma e as minhas fotos não ficaram boas ¬¬ mas peguei algumas na internet pra vocês:
Tem outros prédios históricos lá e o centro é todo bonitinho, as ruas típicas de uma cidade medieval.
O hotel que ficamos era bem longe do centro, mas já sabíamos disso e os planos eram irmos de carro mesmo, então foi de boas, mas não era um hotel para turistas normais ficarem, pois era longe MESMO.
5ª parada: Braga
Braga é a 3ª maior cidade de Portugal, e capital da região do Minho. Foi ocupada desde a antiguidade e há vestígios de ocupação celta na região. Enquanto cidade mesmo, foi fundada como Bacara Augusta, capital romana da região da Galícia, em homenagem ao imperador romano Augusto. Tornou-se também capital do reino Suevo depois da queda do Império Romano.
Foi dominada pelos mouros na ocupação da península ibérica por estes. Por causa da tradição religiosa da cidade, sendo sede de arcebispado e de arquidiocese. E, assim, ela é conhecida como a cidade das igrejas!
Minha experiência…
Braga é uma cidade bem bonitinha e bem gostosa, mesmo no calorão que estava quando chegamos lá! Tem realmente muitas igrejas, muitas mesmo, e são bem bonitas. braga tem também um jardim lindo na frente da prefeitura!
6ª parada: Guimarães
Guimarães é um distrito do município de Braga, e fica bem pertinho dela. Foi o primeiro centro de governo de Portugal e de onde saíam os exércitos da reconquista do território contra os mouros.
Minha experiência…
Bem, eu já tinha ido em Guimarães em 2012, bem como em Braga. Esse ano tava tão quente lá que a gente não tava aguentando, então conhecemos apenas o Castelo. Diferentemente de 2012, dessa vez a entrada era paga (2 euros) e ele tinha algumas estruturas de segurança dentro do Castelo que não tinha quando eu fui em 2012.
Andar pelo Castelo dá uma ideia de como era viver ali, mesmo que fosse apenas para defender/guerrear. Também dá uma ideia de como poderiam funcionar as coisas lá dentro, é muito legal. Eu entrei em vários castelos medievais nessa viagem e por mais parecidos que sejam, cada um é diferente do outro e dá novas ideias.
Bem, esse foi o resumão da minha viagem ao norte de Portugal!
Espero que curtam
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