1 por dia – Dia 27

Dia: 27         24.05.2016

Pinkerbell

Wet ‘n Wild

Jpeg

O que a marca diz: Batom semi-matte com acabamento cremoso de longa duração (4h). Desliza fácil nos lábios e possui fórmula hidratante.

Jpeg

Cor: É um rosa barbie MUITO neon. Tipo marca texto mesmo. Menos avermelhado, mais rosa tipo o topo da imagem da direita.

Cheiro: tem um cheiro de massinha muito suave, só dá pra sentir quando encosta a bala no nariz mesmo.

Textura ao passar: é um pouco mais macio do que o Rose Bud, mas também não pega se alguma parte do lábio estiver húmida.

Textura nos lábios: é cremoso (macio) mas não demais, só que ele transfere igual doido de um lado pra outro dos lábios (não para as bordas nem para fora).

Acabamento: é semi matte, como o outro da marca.

Cobertura: é péssima!!!! Não cobre uniformemente, fica acumulado em algumas partes do lábio, e mostra parte dos lábios por baixo em alguns locais.

Duração: 2h a 3h, mas todo desuniforme, além dele acumular no centro do lábio, na parte mais pra dentro, e fica soltando nos dentes. Se ele não ficasse desuniforme talvez durasse bem mais, pois é bem grosso e mais seco.

Nota:nota dia 27

 

Precisamos falar sobre estupro

O nome do meu blog não é à toa. Escolhi esse nome por resumir minha vontade: dar opinião. Mas hoje as palavras faltam. Não faltam por serem poucas, faltam por serem muitas e não caberem nos espaços programados. Por não caberem na racionalidade que a vida e a escrita (me) cobram.

Essa semana uma adolescente foi estuprada por 33 homens que, além dessa barbaridade, filmaram e tiraram fotos do ato e após ele, ridicularizando-a, e postaram na internet. Confesso que isso foi tão brutal que eu não sabia nem como abordar os tema. Não porque fico sem jeito – pelo contrário, tenho fortes opiniões e posições sobre – mas porque as abordagens são múltiplas e tudo passa na minha cabeça em um segundo, e a todo segundo.

Eu poderia falar do quanto é absurdo esse ato desses homens, e poderia dizer que, diferente do que muitos pensam, não são doentes ou animais, são mesmo homens na nossa sociedade, em sua liberdade de homem. Eu poderia falar das questões psicológicas que envolvem vítimas dos diversos crimes simultâneos que a jovem sofreu, e como isso pode – e vai, porque ninguém é nem precisa ser forte assim – afetar a vida prática dela mas também a minha, a sua, a da sua mãe, sua irmã, sua avós, sua tia, sua filha, suas amigas, colegas de trabalho etc.

Eu poderia amaldiçoar esses homens – e o faço a todo momento. Eu poderia chorar – e o fiz quando li pela primeira vez o caso. Eu poderia falar da cultura do estupro em que vivemos, e explicar que “cultura do estupro” é, resumidamente, o fato de nossa sociedade ter artimanhas para que violências contra as mulheres, principalmente a objetificação de cunho sexual, seja menorizada, ignorada, tratada como algo pouco significativo, como mimimi, enquanto os instrumentos de defesa das mulheres são ambíguos, parcos, fracos. É a cultura que divide a mulher em “vadia” e “pra casar”, que acha que mulher é um “sexo frágil”, que acha que bonito é contar quantas mulheres pegou na balada, como se elas fossem as moedinhas do troco da cerva que ELE comprou. É a cultura que aceita como justificativas “ela estava procurando”, “achei que ela tava gostando”, “ela me olhou assim ou assado, tava pedindo”. É a cultura que aceita um “ela não se cuida, não se dá ao respeito” ao invés de “ela merece respeito”. É essa cultura e muito mais.

É a cultura que vivo todo dia com medo de sair na rua e passar por qualquer grupinho de homens, principalmente de noite ou próximo de uma obra. É a cultura que me faz andar de cara fechada e ter a famosa Resting Bitch Face, para que nenhum homem ache que eu to sorrindo ou feliz porque to dando mole. É a cultura que me faz usar calça jeans no calor de 35º pra ninguem ficar me secando nem mexendo comigo.

É a cultura que me faz perguntar a todas as minhas amigas se não é muito perigoso irmos praquele lugar badalado novo na cidade, porque duas mulheres sozinhas naquela região, a gente já sabe. De carro então, tendo que andar sozinhas pro estacionamento, vish! E de ônibus? de madrugada? ai, amiga, não vai rolar. Taxi, então? mas e quem vai por ultimo e ficar sozinha com o motorista? me avisa quando chegar em casa, viu?! NÃO ESQUECE!! Cuidado. E me faz rezar para que elas cheguem logo, sãs e salvas, e não me deixa dormir enquanto eu não tiver notícias.

Mas, AINDA, isso tudo é pouco. Não é tudo, não é todo o meu dia, todos os dias.

Como disse uma postagem no facebook,

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E eu ouço muito, inclusive de homens próximos de mim, que não são todos assim. Eu sei. Mas quem é? quem não é? Eu vou pagar pra ver? não, obrigado. Nem ela vai. Nem nenhuma de nós vamos. Aí a gente tem que desenhar:

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E o pior, quem programou todo o ato foi o companheiro, ficante, namoradinho, peguete dela. Não foi qualquer um. Não foi um estranho – foram 32, diga-se de passagem. 32 + 1, um daqueles que a gente tem em volta e diz que nunca faria algo assim. O número de casos de mulheres violentadas por companheiros é gigante. Números que a sociedade mascara. Números que os homens – enquanto uma espécie de classe própria – dizem ser exagerados: e assim vendem a ideia. E assim muitos compram a ideia.

Independente das suas crenças políticas, sociais, pessoais/religiosas, você é mulher. Você é SER HUMANO, mas isso não basta. Você deveria ser respeitada independente do que é, de como é, do que gosta, usa ou acredita. Mas não é.

Resta-nos o medo. Resta-nos, ainda mais, a luta.

1 por dia – dia 01

Olaaa rapeize! 😀 😀 😀

Começo a primeira semana de postagens do meu novo projeto! Abaixo, a resenha (ainda sem fotos minhas) do batom do primeiro dia! Espero que voces gostem 🙂


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Dia: 01         (18.04.2016)

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Wet’n Wild

 

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Imagem retirada do Mercado Livre

O que a marca diz: Batom semi-matte com acabamento cremoso de longa duração (4h). Desliza fácil nos lábios e possui fórmula hidratante.

http://www.wetnwildbeauty.com/lips/lip-color/megalast-lip-color.html

rose bud

Cor: Eu não gosto dessa cor de jeito nenhum, eu acho ela muito alaranjada e pouco rosa. Na bala ele parece um rosa antigo, talvez um pouco goiaba queimado, mas na boca fica um rosa coral chamativo, muito puxado para o laranja, nada parecido com o que eu esperava.

Textura ao passar: MUITO DURO, a cor quase não sai, e se o lábio tiver húmido, aí que a cor não pega mesmo.

Textura nos lábios: é o único ponto positivo dele. No lábio quase não se sente que está de batom, é bem seco (mas não com aquela aparência de seco craquelado que os mattes costumam ter) mas se voce é, como eu, que gosta de sentir um batonzinho na boca, e que gosta de passar um lábio no outro e sentir maciez, ele é muito bom!

Acabamento: Diz que é matte, mas ele não fica sequinho quando olhamos no espelho. Mesmo assim, ele também não tem aquele brilho dos batons cremosos. Eu diria um semi-matte.

Cobertura: fraca, o lábio fica visível por baixo da cor, sem ela ter uniformidade.

Duração: cerca de 4h, como prometido, isso sem ter comido ou bebido, mas tendo dado um cochilo.

 Nota: nota dia 01

 

Para ver o swatch no braço, onde a cor ficou mais real, clique aqui.